Um projeto de estudantes paranaenses do ensino médio foi premiado na 18ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia 2020 (Febrace) por ter desenvolvido um composto orgânico capaz de substituir agrotóxicos.
As alunas Sarah Bernard Guttman e Luiza Fontes Bonardi, participantes do projeto AgroAtóxico desde que estavam no 9º ano do ensino fundamental, contam que:
“Nossa motivação veio de um cartaz alertando para o fato do Brasil ser o país que mais consome agrotóxicos no mundo – como forma de combater insetos, pragas e doenças e garantir a produtividade na plantação. Na hora, veio a ideia de fazer algo para mudar isso”.
As estudantes também se preocuparam com a saúde dos agricultores, que ficam diretamente expostos aos agrotóxicos.
Produção orgânica em larga escala
O AgroAtóxico é capaz de ser utilizado em hortas caseiras, pequenas e médias propriedades, mas ele precisa ainda ser testado em larga escala.
As pesquisadoras alertam para a real necessidade de ser feita a transição agrícola para a produção orgânica.
“Estudos já mostraram que, se não fizermos uma mudança na produção de orgânicos, é provável que todos os biomas, em especial a Cerrado, o mais explorado por conta da soja e do pasto, serão extintos em seis anos”, adverte Sarah.
Embora haja preconceito e críticas sobre a produção orgânica em larga escala, como se ela fosse inviável de ser praticada em grandes propriedades, é urgente que práticas de abastecimento sustentável recebam o devido investimento de políticas governamentais.
O projeto das estudantes não apenas mostra a viabilidade de uma produção orgânica alimentar em larga escala como a importância de se investir em ciência.
Parabéns às jovens pesquisadoras!
Por: Greenme
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