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Compostagem | Fazendo em casa - É facil?

Atualizado: 7 de jul. de 2022

No post anterior do BLOG, falamos sobre os tipos de compostagem. Também explicamos as diferenças e contamos um pouco da história da prática.


Agora estamos aqui para contar sobre a compostagem doméstica e como podemos incluí-la em nossas casas.


Pequeno spoiler: falaremos aqui sobre alguns mitos como odor, sujeira, trabalho e manutenção. Compostagem hoje já é algo prático e que ajuda na sua pegada ecológica no mundo. Isso, claro, além de gerar fertilizantes para sua hortinha ou sua planta de estimação (sabemos que você tem uma, não negue).


Há anos a sustentabilidade vem ganhando força e o volume de lixo que geramos também. Especialmente durante a pandemia pudemos observar com mais clareza que, por mais que separemos os recicláveis, o volume de lixo orgânico é consideravelmente grande. E boa parte deste é composto por restos de alimentos, que podem ir para uma composteira, diminuindo, assim, a quantidade despejada em aterros e lixões.


Como falamos no post anterior, a vermicompostagem, ou compostagem com minhocas, é de decomposição mais rápida e pode ser realizada em casas e apartamentos. Com o uso da composteira doméstica há a formação do vermicomposto (húmus de minhocas), subproduto orgânico da ação das minhocas em resíduos orgânicos. O húmus é muito rico em micro-organismos benéficos ao solo.



Como ela funciona ou quais são as fases?


É simples: colocam-se os resíduos orgânicos produzidos pelo domicílio em uma caixa e cobre-se com matéria vegetal seca (serragem ou folhas secas). Em aproximadamente 60 dias, as minhocas nas caixas já fizeram seu trabalho, se alimentando dos resíduos, transformando-os em húmus e também gerando chorume, ambos riquíssimos em nutrientes e ótimos adubos.


Abaixo algumas vantagens de praticar a vermicompostagem:

• Não é agressiva para o ambiente;

• Não contamina solo e água como os fertilizantes químicos;

• Enriquece o solo com nutrientes;

• Grande fonte de nutrientes para as plantas;

• Controle da toxicidade do solo, corrigindo excessos de alumínio, ferro e manganês;

• Aumento da resistência das plantas a pragas e doenças;

• Maior absorção dos nutrientes pelas raízes das plantas;

• Favorece a entrada de ar e circulação de água no solo;

• Melhora a estrutura do solo;

• Fornece vida na forma de micro-organismos para o solo;

• Propicia produção de alimentos mais saudáveis;

• Produção de adubo de alta qualidade para manutenção de jardins e hortas.


Sobre as queridas minhocas devemos ressaltar que são de extrema importância na fertilização e recuperação dos solos. Isso é conhecido há tempos e o filósofo Aristóteles as chamava de “arados da terra”, por conseguirem escavar os terrenos mais duros. Elas conseguem ingerir terra e matéria orgânica equivalente ao seu próprio peso, além de digerir e expelir cerca de 60% do que comeu sob a forma de húmus – definição de eficiência foi atualizada.

O tipo de minhoca mais indicada é a detritívora, pois suporta melhor as variações de temperatura e acidez. E dentre esse tipo, a que é mais usada é a vermelha da Califórnia.



Mas como fazer uma COMPOSTEIRA?


Se você procurar na internet, vai encontrar marcas que vendem composteiras ótimas e prontas. Mas, no clima de reutilização e reaproveitamento, vamos ensinar aqui como fazer sua própria.

Arranje 3 baldes ou caixas similares de plástico que consiga encaixar uma em cima da outra. Os recipientes devem ser capazes de bloquear a luz. As duas caixas de cima serão digestoras e a de baixo, coletora. As dimensões podem variar com o tamanho da geração da residência, mas uma estimativa é que para cada 3 pessoas seja necessária uma caixa de 15L. Para ampliar você pode adicionar caixas extras.



O ideal é ter duas caixas digestoras, pois enquanto uma é alimentada com resíduos, a outra vai realizando o processo de decomposição e assim alternadamente (caixas digestoras).

Será necessário fazer furos (quantidade varia conforme tamanho da caixa) de 4 a 6mm de diâmetro no fundo das duas caixas digestoras. Utilize uma furadeira. Na tampa de cima também precisaremos de furos, só que menores, pois é para trocas de gases e não passagem das minhocas como os outros (diâmetro de 1mm a cada de 2cm). Nas laterais das caixas faça furos menores também (em uma linha contornando a caixa apenas na parte mais superior).



Agora vamos à caixa coletora de biofertilizante (chorume). É aconselhável que tenha uma torneira para saída do líquido ou este pode ser retirado manualmente. O líquido pode ser diluído à uma proporção de 1/5 até 1/10, e ser borrifado nas folhas ou na terra das plantas do seu jardim.

É útil colocar um pedaço de tijolo que sirva de escada caso as minhocas desçam até essa caixa de baixo, para que não se afoguem no chorume. A composteira deve ficar em um local fresco e ventilado para que não superaqueça.

Com a estrutura pronta coloque uma camada de 10cm de húmus de minhoca no chão da primeira caixa digestora, além de 450g de minhocas (ideal para começar). Quanto ao controle da população de minhocas, elas mesmo se auto regulam, e não exalam cheiro nem transmitem doenças. No início, insira os restos orgânicos apenas uma vez por semana com pequenas porções acumuladas em um canto. Sempre após acrescentar o material orgânico cubra-o com serragem ou folhas secas (proporção de 1:3 respectivamente). Depois você pode inserir resíduos em pequenas porções com mais frequência.



O que pode e o que não pode ser colocado na composteira?


Abaixo seguem sugestões e indicações do que colocar na composteira. Fonte das imagens são do site da HUMI, marca brasileira de composteiras.




O que mais gostaria de saber? Tem alguma informação que deixamos de fora?


O que acharam? Nos contem: entrem em contato através do direct no instagram @damatasalada ou por email contato@damatasalada.com.br !




Até logo, time Da Mata.





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