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Embalagens vs Sustentabilidade





A verdade é que queremos ter tudo: praticidade, sustentabilidade e qualidade. Nós da Da Mata nos incluímos nessa, e queremos isso para a Da Mata também.


Mas sabemos que a transformação, para ser duradoura, deve ser feita cuidadosamente, com atenção a todos os detalhes. E temos um orgulho imenso em falar de nossas embalagens das saladas: feita de mandioca, brasileira, 100% sustentável, feita a quatro mãos com nosso parceiro Já Fui Mandioca.


E estamos aqui para continuar nosso trabalho, queremos incentivar bons hábitos e, para isso, acreditamos que informação é um ingrediente fundamental.


Aqui, agora, vamos contar um pouco do que aprendemos sobre as opções de embalagens que encontramos no caminho desde que a Da Mata foi fundada.


A Da Mata nasceu para tornar o "COMER BEM" um sinônimo de comer saudável, com qualidade e com muito sabor. E sempre priorizamos ingredientes orgânicos e de produtores locais, pequenos produtores. Logo, a forma que nossos pratos seriam entregues sempre foi uma questão, mas ofertas de embalagens sustentáveis eram inexistentes, ou falsamente sustentáveis. Queríamos algo que fosse de verdade.


Por um tempo, enquanto não encontrávamos nossa embalagem ideal, tivemos o selo "Eu Reciclo", uma iniciativa muito interessante, mas que, no final, ainda estávamos gerando e incentivando a cadeia do plástico. E na nossa incessante busca por possíveis fornecedores, finalmente encontramos a Já Fui Mandioca. E iniciamos nosso flerte, para quem sabe um dia desenvolvermos algo juntos. Mal sabíamos que isso um dia iria se concretizar.


Embalagens que encontramos no caminho:


1. O famoso BIO PLÁSTICO - ou plástico oxi-biodegradável.

O slogan te fala que é um plástico que se decompõe em poucos meses. A promessa é a não geração de lixo e a garantia da praticidade do plástico. Tudo isso à um preço competitivo. Vamos contar uma pequena lição que vale para a vida: não existe almoço grátis.

A decomposição de plásticos oxi-biodegradáveis libera micro fragmentos de plásticos e de metais no ambiente. A União Europeia proíbe produtos feitos desse material desde 2019. A diferença, na prática, para esse produto, é que você não enxerga a olho nu os poluentes.

O BIO PLÁSTICO, no final, não se decompõe coisa alguma, ele apenas é quebrado em partículas muito pequenas. Partículas que conseguem mais facilmente entrar na cadeia alimentar: isso mesmo, contaminando águas, animais, incluindo nós, os seres humanos. Estudos estão sendo feitos no mundo todo para entender os efeitos dessa contaminação crescente. Separamos um link se quiser saber mais: clique aqui .


2. O de papel que não absorve líquidos.

Seria mágica aquelas caixinhas, ou bowls, de kraft que colocamos ingredientes úmidos, e mesmo assim a embalagem NÃO se dissolve? Não, muitas vezes não nos damos conta, mas usar MENOS plástico, não é necessariamente uma coisa maravilhosa.

Se alguma vez você se deu conta que as embalagens de KRAFT, ou cartolina, "têm um brilho", e pensou que pelo menos não é tudo de plástico, vamos de novo:

Como aquele material será processado depois que você descartar?

E qual a melhor forma de descarte?


Vamos te contar algo que provavelmente ninguém nunca te falou: aquilo não é viável de reciclagem. Não tem jeito: é lixo. O papel e o plástico não são separáveis naquela forma, ou seja, nem o papel ou o plástico possuem vida após você terminar sua refeição. E lá vai mais volume de lixo para os aterros sanitários (no melhor dos cenários).


3. O de bagaço, que é importado.

Tecnologia de ponta, material compostável, com bagaço que provavelmente não teria outra função. Muitas palmas para quem desenvolveu, o produto é demais mesmo. Mas temos que pensar na cadeia inteira e não apenas na matéria prima.

Para essas embalagens lindas chegarem até nós, seria necessário alguns containers em algum navio. Navio esse que além de consumir uma certa quantidade de combustível fóssil, também polui as águas dos oceanos e está propenso à acidentes desastrosos ao meio ambiente. Vale o risco?

Também devemos considerar que o custo é em dólar, o que afeta diretamente a (in)segurança financeira de quem compra, além de que nunca sabemos o que pode acontecer: vai que uma pandemia se instala no mundo e a produção é interrompida, e os transportes também...

Isso fora a questão da tampa: o valor da tampa, seja do mesmo material ou de PLA (material que imita o plástico mas na verdade é de fato um termoplástico biodegradável de origem natural e de fontes renováveis, como amido de milho ou cana-de-açúcar), não é viável ainda no Brasil, pois é 3 vezes o preço da embalagem INTEIRA de plástico. Louco né?

Assim então vamos à produção de uma tampa de plástico para ajudar nos custos. É uma boa opção, mas ainda tem plástico e continuamos com o ponto de importação.


E por isso nos lançamos ao desafio de testes, e mais testes, e mais testes, para chegar na nossa atual embalagem das saladas. Fomentando a produção brasileira, conseguimos chegar em uma embalagem 100% sustentável, compostável, vegana, feita de mandioca. E sim, queremos diminuir cada vez mais nosso impacto no meio ambiente. Estamos construindo nosso futuro com foco sempre no que somos.


Da Mata, cultivando bons hábitos.


Fontes e links que indicamos a leitura:




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